segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Mundo Paroquial 1 - Hilary
Quando a boa e velha civilização, encarnada nas famosas grifes Versace, Armani ou Prada , visita o novíssimo mundo, pode-se esperar um encontro e tanto! Não foi outra coisa que aconteceu na passagem – digo, no encontro multicultural – da secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, em Kinshasa no Congo. Por pouco, não deixou de lado os modos civilizados. Bastou um estudante congolês perguntar "Há interferência [no país] do Banco Mundial e dos chineses [...] qual a opinião do Sr.Clinton?", referindo-se aos contratos assinados entre a China e a República Democrática do Congo, para Hilary mostrar a face pouco polida do Império que representa.
O incidente (?) ocorreu hoje durante um evento naquele país, mas como diz o ditado, em terreiro de galinhas barata não tem razão. A Sra. Clinton, irritada com ofensa, respondeu "quer saber o que pensa meu marido? Meu marido não é secretário de Estado, eu sou. Se você pedir minha opinião, eu lhe darei. Não vou falar por ele". Ou seja, cutucaram a onça com vara curta, melhor, curtíssima!! Também não é pra menos. Devia estar exausta depois de ter mostrado todo seu charme e ritmo (?) no dia anterior na África do Sul, quando visitava um conjunto habitacional, sendo recebida com música e dança nativas. A secretária de Estado exibiu toda a simpatia estudada e aproveitou a música para ensaiar alguns passos com os dançarinos.
No fim das contas, ficamos sem saber tanto a opinião dela quanto o pensamento do marido, pois, pega de chofre pelo estudante, não conseguiu mesmo dizer o que a civilização (?) ocidental, norte-americana europeizada pensa. Também não ficamos sabendo o que pensa a poderosa Secretária de Estado sobre a violência sexual contra homens praticada no Congo. Enfim, das duas uma: ou não quer dizer o que pensa o país que representa, ou ficou muito ofendida pela audácia do pobre estudante ao mensionar o marido que, aquelas horas, já devia ter voltado de Pyong Yang.

2 comentários:

  1. Nenhum político pode ser considerado como um bom político se não souber como “sair pela tangente”. Mas eu não tiro a razão da elegante e polida Sra. Clinton quando diz que não pode responder pelo marido, que por sua vez, sabe brilhantemente responder por si só. “Ela fumou, mas não tragou!”, ele sobre o caso Lewinsky.

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  2. O velho e bom conservadorismo puritano americano dita regra que , VOCE!COMO BOM AMERICANO não sabe nada do que acontece no mundo ...a menos que o CINEMA HOLLYWOODIANO lhe entregue um dossie secreto...por isso não houve resposta ela não sabia o que dizer. Enquanto ao interesse no marido provavelmente é apenas politico. UM VIVA PRA AMERICA eles se merecem e nós os merecemos também ...compreendeu?

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