Mundo Paroquial 1 - Hilary
Quando a boa e velha civilização, encarnada nas famosas grifes Versace, Armani ou Prada , visita o novíssimo mundo, pode-se esperar um encontro e tanto! Não foi outra coisa que aconteceu na passagem – digo, no encontro multicultural – da secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, em Kinshasa no Congo. Por pouco, não deixou de lado os modos civilizados. Bastou um estudante congolês perguntar "Há interferência [no país] do Banco Mundial e dos chineses [...] qual a opinião do Sr.Clinton?", referindo-se aos contratos assinados entre a China e a República Democrática do Congo, para Hilary mostrar a face pouco polida do Império que representa.
O incidente (?) ocorreu hoje durante um evento naquele país, mas como diz o ditado, em terreiro de galinhas barata não tem razão. A Sra. Clinton, irritada com ofensa, respondeu "quer saber o que pensa meu marido? Meu marido não é secretário de Estado, eu sou. Se você pedir minha opinião, eu lhe darei. Não vou falar por ele". Ou seja, cutucaram a onça com vara curta, melhor, curtíssima!! Também não é pra menos. Devia estar exausta depois de ter mostrado todo seu charme e ritmo (?) no dia anterior na África do Sul, quando visitava um conjunto habitacional, sendo recebida com música e dança nativas. A secretária de Estado exibiu toda a simpatia estudada e aproveitou a música para ensaiar alguns passos com os dançarinos.
No fim das contas, ficamos sem saber tanto a opinião dela quanto o pensamento do marido, pois, pega de chofre pelo estudante, não conseguiu mesmo dizer o que a civilização (?) ocidental, norte-americana europeizada pensa. Também não ficamos sabendo o que pensa a poderosa Secretária de Estado sobre a violência sexual contra homens praticada no Congo. Enfim, das duas uma: ou não quer dizer o que pensa o país que representa, ou ficou muito ofendida pela audácia do pobre estudante ao mensionar o marido que, aquelas horas, já devia ter voltado de Pyong Yang.
Nenhum político pode ser considerado como um bom político se não souber como “sair pela tangente”. Mas eu não tiro a razão da elegante e polida Sra. Clinton quando diz que não pode responder pelo marido, que por sua vez, sabe brilhantemente responder por si só. “Ela fumou, mas não tragou!”, ele sobre o caso Lewinsky.
ResponderExcluirO velho e bom conservadorismo puritano americano dita regra que , VOCE!COMO BOM AMERICANO não sabe nada do que acontece no mundo ...a menos que o CINEMA HOLLYWOODIANO lhe entregue um dossie secreto...por isso não houve resposta ela não sabia o que dizer. Enquanto ao interesse no marido provavelmente é apenas politico. UM VIVA PRA AMERICA eles se merecem e nós os merecemos também ...compreendeu?
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