terça-feira, 29 de junho de 2010

Cadeia Completa - Ideia Sustentável


Empresas globais passam a exigir gerenciamento das emissões de carbono dos fornecedores
Grandes empresas de todo o mundo estão mais comprometidas a questionar os programas de gerenciamento de emissões de gases do efeito estufa promovidos por seus fornecedores, com o intuito de manter relações mais sustentáveis. De acordo com o Carbon Disclosure Project (CDP), 6% das líderes de mercado já descartam fornecedores que não gerenciam suas emissões; 56% comprometem-se a administrar o gerenciamento das emissões de gases de efeito estufa em toda a sua cadeia produtiva no futuro.
Essa é uma das constatações do CDP Supply Chain Report, produzido pela A.T. Kearney, que traz de 710 fornecedores. Eles foram convidados a relatar as emissões de gases do efeito estufa, as metas de redução, governança e avaliação dos riscos e oportunidades associados à mudança climática. As empresas participantes dessa iniciativa, que incluem marcas globais, como Dell, Juniper Networks, National Grid, PepsiCo e Reckitt Benckiser, estão requisitando de seus fornecedores a divulgação de dados através do programa CDP Supply Chain. Embora este relatório demonstre uma melhora significativa do nível de práticas realizadas, se comparados aos dados do último ano, os fornecedores ainda têm um caminho longo pela frente.
Leia a notícia completa no link abaixo:
http://www.ideiasocioambiental.com.br/pagina.php?s=40&t=3&id=560

quinta-feira, 24 de junho de 2010

10 motivos para estar na Política - Ronaldo Mathias

1. Porque o de cima sempre sobe e o debaixo sempre desce
2. Porque todo dia eles fazem tudo sempre igual...
3. Porque a cobra acha o sapo muito interessante!
4. Porque o tempo não pára...mas a vida sim!
5. Porque senão o que será que será...
6. Porque me chamam de louco mas os bons fazem bombas...
7. Porque somos tão jovens
8. Porque quem não tem colírio usa óculos escuros
9. Porque meus heróis morreram de overdose e meus inimigos estão no poder (!)
10. Porque os fins não justificam os meios.

domingo, 20 de junho de 2010

Cidades sustentáveis

A Agenda Habitat para Municípios, documento oriundo da Agenda Habitat II, afirma que há um senso de grande oportunidade e esperança de que pode ser construído um novo mundo. Neste mundo, no qual o desenvolvimento econômico e social e a proteção ambiental, como componentes do desenvolvimento sustentável interdependentes e que se reforçam mutuamente, podem ser realizados por meio da solidariedade e cooperação dentro e entre países através de parcerias eficazes em todos os níveis.
A Agenda Habitat é o documento aprovado por consenso pelos países participantes Segunda Conferência das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos - Habitat II, realizada na cidade de Istambul, Turquia, em 1996. Os países se comprometeram a implementar, monitorar e avaliar os resultados do seu Plano Global de Ação. Na Conferencia Habitat II também foi redigida e aprovada a Declaração de Istambul - uma manifestação de natureza política assinada pelos Chefes de Estado.
Em 2003 o IBAM – Instituto Brasileiro de Administração Municipal – com o apoio financeiro da CAIXA e parceria com UN-HABITAT elaborou a Agenda Habitat para Municípios. A Agenda Habitat foi desenvolvida para facilitar a leitura e entendimento aos dirigentes e técnicos municipais e mostrar-lhes como podem, no âmbito de suas jurisdições e no cumprimento de suas competências constitucionais, compartilhar, com os demais entes da Federação e com a sociedade, os compromissos internacionais assumidos pelo Governo Brasileiro.
Esses documentos apresentam que a gestão integrada dos municípios é capaz de criar cidades sustentáveis se tiver como objetivos:
1) buscar equilíbrio dinâmico entre uma determinada população e a sua base ecológico-territorial,diminuindo significativamente a pressão sobre os recursos disponíveis;
2) ampliar a responsabilidade ecológica, aumentando a capacidade dos atores sociais de identificar as relações de interdependência entre os fenômenos e aceitar o princípio da co-responsabilidade de países, grupos e comunidades na gestão dos recursos e dos ecossistemas compartilhados como o ar, oceanos, florestas e bacias hidrográficas;
3) buscar a eficiência energética, implicando redução significativa nos níveis de consumo atual, sobretudo dos combustíveis fósseis e busca de fontes energéticas renováveis;
4) desenvolver e utilizar tecnologias ambientalmente adequadas, alterando progressiva e significativamente os padrões atuais do setor produtivo;
5) alterar os padrões de consumo e diminuição significativa na produção de resíduos e uso de bens ou materiais não-recicláveis;
6) recuperar áreas degradadas e reposição do estoque dos recursos estratégicos (solo, água, cobertura vegetal);
7) cuidar da biodiversidade existente.

O eleitor como agenda


Às vésperas de mais uma corrida eleitoral somos inundados de pesquisas que apontam este ou aquele candidato com maior potencial de crescimento. Alguns analistas chegam inclusive a fazer afirmações, senão previsões ou premonições, tais como: candidato X tem grandes chances de vencer já no primeiro turno ou candidato Y herdará os votos do seu padrinho político.
As pesquisas de intenção de voto também apontam os temas que os eleitores mais se preocupam como segurança, saúde, educação etc. Os temas e candidatos excluídos dos mainstream permanecem no jogo apenas para garantir a existência do jogo, nada mais. Mas o que essas pesquisas não dizem? E o que os analistas também não conjecturam? E o que os candidatos se recusam a falar?
Essa talvez seja a chave para se compreender o pensamento, as emoções e as ações do votante. De outro modo, querem saber qual a agenda cotidiana do eleitor. A agenda midiático-eleitoral sabemos bem: vai ao encontro dos interesses (financeiros, morais, religiosos etc) dos candidatos incensados pelos donos dos poderes.
Resta ao eleitor responder apenas em quem pretende votar ou mesmo o que ele acha sobre a situação do país hoje, ou que nota dá para o fulano ou beltrano. No muito, é questionado sobre a melhora ou piora dos serviços públicos de saúde ou as oportunidades de emprego, por exemplo.
As pesquisas apresentam ao eleitor um conjunto de perguntas estruturadas de tal modo que se possa compreender seus desejos, suas escolhas e suas insatisfações. Trabalham para descobrir a agenda a ser apresentada ao votante, ou de outro modo, o que dizer ao eleitor e como dizer para que ele se fidelize a este ou àquele candidato.
Numa simplificação, tentam desvendar seus desejos, canalizar sua atenção e apresentar o que pensar. De outro modo tentam pautar sua vontade. Desta forma a democracia transcorre calmamente e tranqüila para todos.

terça-feira, 15 de junho de 2010

O sujeito é uma esfinge!

Nos movimentos ativistas por reconhecimento e nas pesquisas sobre comunicação de massa, cultura popular, indústria cultural, cotidiano e recepção a busca pelo sujeito da comunicação sempre aparece, direto ou indiretamente, ligados às práticas de consumo, às manifestações artísticas e culturais, como também à cidadania e aos movimentos sociais.
Descobrir o sujeito da comunicação a partir da influência (manipulação?) dos meios de comunicação sobre as pessoas, os efeitos a curto ou a longo prazo da comunicação midiática bem como as resistências, as rejeições e as negociações ocorridas é o problema em destaque nas pesquisas comunicacionais, nas pesquisas de consumo, nas de audiência e nas eleitorais. Quem é esta esfinge chamada receptor?
O cenário dessas pesquisas é a sociedade moderna, capitalista, urbana e industrializada. À medida que essa sociedade fordista e pós-fordista se fortalece em grandes centros urbanos e industriais, regida pela lógica do capitalismo e seu principal braço a democracia, surge a figura que se tornará cada vez mais central nas esferas da comunicação e da cultura, o consumidor. Toda a produção de conhecimento, saber e informações geradas começam a recobrir a realidade social e cultural das práticas de consumo que já irão aparecer como práticas econômicas e políticas e, posteriormente, como práticas de cidadania e comunicacionais.
O consumo, mais do que uma relação de compra e venda de mercadorias, vai sendo concebido como espaço de negociação de modas, comportamentos e estilos de vida. Aos poucos, comprar deixa de significar apenas possuir bens materiais para a sobrevivência física e manutenção da vida. Ainda que participar do pleito eleitoral não seja mais do que votar a cada dois anos.
Os meios de comunicação tornam-se palco de produção e reflexão de outras necessidades – as espirituais e simbólicas – transformando a compra de mercadorias em posse de informação, imagens, fantasias e sonhos, tornando o consumidor alguém seguro e pertencente a um grupo.
O consumo de uma ideia, de um valor, de um produto, de um serviço ou de um time de futebol ou também de um candidato aparece, então, como mediação necessária para se projetar e desenvolver políticas públicas como mecanismos de inclusão e fortalecimento da cidadania, principalmente, em sociedades democráticas com problemas de inclusão social.
Se o consumo pode ser entendido como uma prática de pertencimento, ou de reconhecimento, um dispositivo (diria Foucault, 1984) ou, um elemento presente na esfera do mundo da vida (Habermas, 2004), sem dúvida, o termo não passou desapercebido nos estudos de comunicação.
O grande problema hoje que se coloca é como pensar a relação e as práticas de consumo mediados pelos emergentes e dominantes meios de comunicação nem tão massivos, mas sempre abrangentes e cada vez mais patrocinados por redes sociais ainda indecifráveis.
Hoje pesquisar comunicação social requer sair da dicotomia manipulação-influência e compreender que o sujeito da comunicação tem se apresentado na conjunção de fatores movidos por circunstâncias sociais seja a favor da democracia, seja a favor do capitalismo, seja, enfim, a favor de si mesmo.

domingo, 6 de junho de 2010

Refazer o futuro - Ronaldo Mathias

"É preciso começar agora a refazer o futuro, sem isso o presente não passará de uma reprise poluída do passado."
Há mais de três décadas a humanidade vem se atentando sobre questões ambientais. Não precisa de muita observação para saber o motivo da preocupação: todos os dias somos alarmados pela mídia sobre um desastre ambiental diferente do mais longínquo local do planeta aos limites da nossa vizinhança: aumento das temperaturas; extensões do planeta ficam a cada dia mais secas e os desertos se alastram; aumento do índice de chuvas passou a provocar graves enchentes; os oceanos aumentam gradativamente suas temperaturas e expandem seu volume pelas chuvas, inundando ilhas e litorais; tempestades violentas acontecem em locais inéditos; além de colheitas perdidas pelas chuvas fortes ou altas temperaturas etc. Tudo isso tem exigido dos Estados, das Empresas e da Sociedade uma mudança mais profunda na sua forma de se desenvolver, gerar riquezas e relacionar-se. Cientistas do mundo todo têm afirmado que o tempo da desperdício e da degradação é incompatível com o equilíbrio e a suportabilidade da vida no planeta. Nosso modelo de desenvolvimento caótico, excludente e intolerante está tornando a natureza esquizofrênica, sem capacidade de resiliência, ou seja, não consegue voltar às condições anteriores sem responder catastroficamente à avaria sofrida. Nunca, então, o Planeta tornou-se tão nosso, porque estamos lentamente nos conscientizando da responsabilidade que temos nas ações mais corriqueiras do cotidiano. Ações que nos obrigam também a repensar, por exemplo, o uso indiscriminado da água e da energia, o consumo atávico de bens duráveis e não reciclados entre centenas de outras pequenas mudanças de grande valor. Assim como o Estado e as Empresas têm a obrigação ética, legal e científica de se responsabilizar pela mudança de suas estratégias de governo e de governança, nós cidadãos, conectados pela vida ao Planeta Terra, também temos o dever, por um lado, de exigir das lideranças políticas, empresariais e comunitárias outra gestão dos bens naturais e, por outro lado, dever de inventar novas condutas no dia-a-dia que não sejam nocivas, excludentes insustentáveis. Sem essa mudança não vai adiantar ter esperança. É preciso começar agora a refazer o futuro, sem isso o presente não passará de uma reprise poluída do passado.