domingo, 28 de março de 2010

Educação e mídias

Há quase 100 anos estudam-se os efeitos da comunicação massiva na sociedade. Pesquisadores do campo da comunicação têm se debruçado com persistência em busca do código de ouro que esclareça qual a intensidade da interferência dos veículos massivos – Rádio, Cinema e TV – na vida dos telespectadores. Descobrir os efeitos, as influências ou saber o que fazem os receptores com o que consomem da mídia é e sempre foi a base da pesquisa comunicacional.

No entanto, foi somente a partir dos anos 80/90 que essa questão começou a ganhar mais relevo para os pesquisadores também da Educação. Não é para menos, já que basta entrar em uma sala de aula do Ensino Fundamental para perceber o forte apelo midiático no comportamento juvenil.

São roupas, colares, jargões, gestos, comentários de programas etc circulando intensamente entre uma fala e outra da moçada. A pauta tornou-se efetivamente televisiva ou mais recentemente articulada com os códigos da internet. Além disso, as tecnologias comunicacionais invadiram de tal forma a vida cotidiana que o professor que não utiliza em seu planejamento as linguagens audiovisuais corre o risco de falar às paredes.

Não foi por menos, que o a partir da década de 90 começou a ocorrer uma aproximação mais dirigida entre os campos da comunicação e o da educação. A chamada educomunicação pode ser definida como aquele conjunto de atividades voltadas para o conhecimento dos usos dos meios numa perspectiva prática de cidadania. Muitos professores ainda, por desconhecimento, desconfiam ou rejeitam não somente este campo de pesquisa como também a interface entre a mídia e a escola.

A questão da educomunicação é como usar as mídias para melhorar a comunicação na escola e na vida. Não é somente o simples uso do cinema em classe na aula de história que define essa prática. Mas sim a construção em toda a escola de uma proposta de trabalho com os meios pensando desde o uso em aula de um filme, como a própria produção de um jornal falado ou escrito, ou da criação de uma rádio escolar, de peças de vídeo etc.

Essa proposta leva em conta a produção de novos sentidos estabelecidos, organizados, articulados coletivamente entre professores e alunos num processo constante de melhoria das relações dentro e fora da escola. Quem se interessar mais pelo tema entre no site www.usp.br/nce para obter mais informações.

Um comentário:

  1. Vamos lá!!!
    Escrever, porque faz muito bem, e outra, é a válvula de escape!!!rs
    Como Ronaldo disse, a mídia tornou-se um instrumento indispensável para o processo educativo, praticamente atinge todos os segmentos, empregando diversos tipos de discursos, idéias, valores, costumes. Porém, no Brasil, a mídia tem sido pouco expressiva, e quando é "muito expressiva", bom, já sabem, vem recheada de manipulação, quer um exemplo maior que o BBB? Heim???
    Pois é, a mídia brasileira ainda insiste nos mesmos estereótipos, a baixaria, o apelo sexual...
    Sendo que a sua função prioritária não é só propagar propagandas, vender produtos, imagens e o "diabo a quatro", a mídia deve trabalhar com utilidades públicas, ser útil. SER ÚTIL.
    É isso, reflita, questione, não se deixe levar por qualquer informação.
    Ainda mais agora, Eleições chegando...

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